terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nem sempre dia, tampouco noite indefinidamente

As estrelam viajavam em silêncio -
Ouviam a pena que discorria...
Era o fim de uma paixão.
A lua pairava alta - um desperdício!
Morria o romance; até respeito morria.
E magia, ironia, revelava-se um bordão.


O sol, como de hábito, voltava - fiel filho
Se sorria ou não, assunto controverso...
Mas havia esperança naquilo que é claro,
Que se deixa ver, que pulsa,
Que fala e não se esconde em verso.
Renascia um primo da alegria - amaro.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O Morro

Nus, seus olhos nus,
Desprovidos de cortejo e gentileza
Mostram seu ódio e rudeza
Desnudam a mim,
A meus olhos -
Contas que intercalam
Sarcasmo e frivolidade

Nus, seus olhos nus,
Neles vingança e cegueira
Despidos,
Buscam nos meus,
Nus, dissimulados, indecisos,
Alivio diante das dores
De nossos mundos -
Quatro crianças em busca de redenção.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O sapo

Gordo, gelado, nojento
Venenoso, vil e avarento

Sai da toca e coacha:
Procura por aventuras na noite quente.

Alguém tropeça e agacha:
Senhor Sapo, quem diria?
Morreu pelos pés de um indigente.

(lembranças de infância)