terça-feira, 12 de abril de 2011

Olhos de Jabuticaba

Olhos de jabuticaba
Duas bolinhas de gude negras
Olhos doces, em cores e letras
Olhos de goiabada

Olhos misteriosos, versão kajal
Olhos gentis, sob o voil
Diamantes de mil e uma faces
Noites de mil e uma noites

Olhos que comem o ensombrecer
Olhos que se deixam ver;
Quem há de olvidar
O lago negro onde é certo se afogar?

Olhos brilhantes ao alvorecer das mortes
Olhos opacos ao anoitecer das sortes

Olhos de jabuticaba.


5 comentários:

  1. Minha querida amiga,

    Passo aqui para dizer que amei seu texto. Como sempre um novo texto e com ele uma nova emoção e uma no experiência maravilhosa. Espero continuar lendo seus textos sempre. Dou meu total apoio. Parabéns!

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  2. Obrigada pelo apoio Carol :) É muito bom ler comentários aqui!!! Fico feliz que tenha gostado - passeie por aqui sempre que puder:) Beijo.

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  3. Seu texto apresenta uma contradição interior entre o doce da paixão e o amargo da morte,mas deixa uma transparência do voil que penetra no íntimo do leitor que percebe o desvendar da vida e todo o seu explendor no "diamante de mil faces" que os olhos de lince captam ao amanhecer de um dia ensolarado,como há de vir.Mistérios a serem interpretados a cada leitura do poliedro.Parabéns!Maria Lucia

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  4. Gostei muito do texto, vou adquirir o livro.

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    Respostas
    1. Prezado(a) anônimo(a),
      Não há livro com esse texto ainda. Quem sabe um dia:)
      Obrigada por deixar sua impressão por aqui.

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