sábado, 16 de abril de 2011

Desatinos

Será melhor compartimentar
Meus sentimentos?
A co-existência deles os funde
Me confunde

É como estar num ambiente onde se ouve duas melodias.

Uma é suave, e como tal, perde-se,
Dá até para ser ignorada pelos caminhos certos da mente.
A outra insiste, é descompassada,
Provoca confusão mental e ecoa pelos labirintos da alma.

É como a árvore lá fora:

Metade fincada ao solo por suas raízes
Metade dançando ao vento, livre, desvairada.

Se é possível para uma árvore viver em tal disparate
Será que um dia conseguirei
Lidar com meus desatinos?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Olhos de Jabuticaba

Olhos de jabuticaba
Duas bolinhas de gude negras
Olhos doces, em cores e letras
Olhos de goiabada

Olhos misteriosos, versão kajal
Olhos gentis, sob o voil
Diamantes de mil e uma faces
Noites de mil e uma noites

Olhos que comem o ensombrecer
Olhos que se deixam ver;
Quem há de olvidar
O lago negro onde é certo se afogar?

Olhos brilhantes ao alvorecer das mortes
Olhos opacos ao anoitecer das sortes

Olhos de jabuticaba.


domingo, 3 de abril de 2011

Of Birds and Men

A blackbird  on his nest of sorrow-
Wicked-looking , He winks again...
Birdie  tells me  there’s no tomorrow
Whenever my eyes meet his pain.

Berries  and grapes on the  wet floor
Feed him in the dark  blue night
Twigs and sticks might hurt to the core
Yet his  home makes him  knight

Hidden  in  his cup-shaped  nest
Black creature won’t Flock with me
And  although it may look like incest
Only hers he shall  be.