segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Jardim da Lua


A noite se aproxima: ouço o pio da coruja
E o ronronar de meus negros gatos.
Caminho para o jardim e estou em casa cuja
Tapeçaria faz cócegas em meus pés sem sapatos.

Em meio a meu passeio noturno,
Reverencio a lua cheia.
Queria para mim os anéis de Saturno
Sei, porém que é a roda que tudo branqueia.

Meu jardim, surreal para os descrentes,
Tem o brilho das estrelas cadentes.
É magnífico lar de quem quer fazer o bem
E a coruja e os gatos garantem a energia que o local tem

Pétalas de flores maceradas,
Em descanso num cálice com água
Enfeitado por brancas margaridas,
Não dão chance a intenção ambígua

Lua,
Mãe branca e mutante,
Mãe das fases e das escolhas,
As estórias aqui, em seu jardim vividas,
Aqui também serão esquecidas.





Um comentário:

  1. Neste poema,Silvia se envolve plenamente com a Natureza: lua,aves,flores,grama,gatos , astros e o tempo vivido e o tempo passado.Tudo ao seu tempo narrado e marcado.Parabéns,
    Maria Lucia

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